segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

As Aventuras de Tin Tin!!!
















A animação "As Aventuras de Tintim", com direção de Steven Spielberg, foi feita com a mesma técnica de captura de movimentos de "Avatar", de James Cameron. O repórter aventureiro é um dos personagens mais tradicionais das HQs em todos os tempos, já teve desenho animado e agora é hora de seu primeiro filme. Um segundo longa já está programado, só que desta vez com direção de Peter Jackson. Deve ser lançado em 2014. Este primeiro, de Spielberg, será lançado em 20 de janeiro de 2012 no Brasil.




As aventuras de Tintim: O Segredo do Licorne (2011)
Título original: The Adventures of Tintin: The Secret of the Unicorn
Lançamento: 2012
País: Estados Unidos, Bélgica, Nova Zelândia
Direção: Steven Spielberg
Atores: Jamie Bell, Andy Serkis, Daniel Craig, Nick Frost, Toby Jones.
Duração: 107 min

Gênero: Aventura






















Cena do filme

Não foi por acaso que o consagradíssimo Steven Spielberg escolheu adaptar As aventuras de Tintim em seu primeiro filme de animação. O diretor é fã assumido da série em quadrinhos desde 1981, quando compararam uma de suas obras-primas, Os Caçadores da Arca Perdida (1981), às aventuras do jovem Tintim. A comparação despertou o interesse do cineasta e foi paixão à primeira leitura! Dois anos depois, Spielberg se tornaria detentor dos direitos da série para a adaptação cinematográfica. Mais de vinte anos se passaram, durantes os quais alguns projetos de filmagem se esboçaram, mas nada que saísse do papel.

Finalmente, há aproximadamente 4 anos, Spielberg resolveu que realizaria o projeto, mas com atores reais, como o havia sempre imaginado. Ao pedir a Peter Jackson, também fã dos quadrinhos, conselhos para a animação do cachorrinho Milu, ele foi convencido pelo diretor da saga Os Senhor dos Anéis, que o universo de Tintim deveria ser transposto às telonas sob a forma de animação. Jackson logo se ligou ao projeto, atuando como produtor e supervisor técnico do filme. A ele caberá a direção do segundo longa baseado na série, ainda sem data para filmagem e lançamento. Para a animação de As aventuras de Tintim, Spielberg optou por utilizar a técnica que capta movimentos e expressões de atores reais. Nesta empreitada, ele pôde contar com a experiência de Peter Jackson, que já havia usado a mesma técnica no personagem Gollun em Os senhor dos anéis e no gorila de King Kong (ambos interpretados por Andy Serkins).

As aventuras de Tintim foram publicadas desde o final dos anos 20 (1929) até os anos 80! A série e o personagem são criações do quadrinista belga Georges Rémi, sob o pseudônimo de Hergé. O curioso é que o quadrinista (morto em 1983) também se tornou fã de Spielberg e chegou a afirmar que somente o diretor poderia fazer justiça a sua obra numa eventual adaptação para o cinema. A popularidade de Tintim extrapolou a Bélgica e a França (país que o adotou), atingindo o mundo inteiro. O personagem-título é um curioso repórter recém saído da adolescência, que se mete nas mais variadas investigações ao lado do seu super inteligente e fiel cachorro, Milu. O filme, As aventuras de Tintim - O segredo do Licorne, é uma adaptação de várias tramas e elementos presentes na série, reunidos em torno de duas histórias principais: O segredo do Licorne e O tesouro de Red Rackham.

Jamie Bell (Tintim) e Andy Serkins (Haddock) e a técnica de motion capture













A abertura de As aventuras de Tintim já chama a atenção. O longa se inicia com uma simpaticíssima animação (à moda antiga) que, assim como acontece em outras adaptações do gênero, nos remete à origem da obra, em quadrinhos. Funcionando como um tipo de resumo da série de Hergé, a abertura nos apresenta o personagem principal, enfatizando sua "queda" pelo perigo e pela aventura, em diversas sequências de ação. É interessante que Spielberg tenha optado por revelar o rosto do protagonista, somente após a sequência de abertura, através de uma caricatura feita por um artista de rua (inspirado no próprio criador da série). Nela, vemos os traços que popularizaram o personagem, em uma bela homenagem ao desenho de Hergé.

A primeira animação de Spielberg já tem lugar garantido na lista dos melhores filmes de aventura do diretor! Em As aventuras de Tintim, temos um Spielberg inspirado, que brinca com todas as possibilidades que a câmera digital lhe oferece. Os belíssimos travellings e planos-sequências, marcas do diretor, são abundantes e de uma extrema sofisticação. As sequências de ação são grandiosas e de tirar o fôlego e é impossível não reconhecer Indiana Jones em quase todas as cenas. (O que está longe de ser um defeito!) Em uma sequência, vemos, por exemplo, um combate entre dois navios, em que um deles chega a passar por cima do outro! Em outra, vemos uma perseguição alucinante de motos, digna de 007, nas íngremes ruas de uma cidade do norte da África! Mas se não bastasse ser um filme de aventura impecável, o filme também resgata, de certa forma, o gênero capa-e-espada, com vários combates memoráveis, o melhor deles entre Sir Francis Haddock (Andy Serkins, sempre ótimo) e seu arqui-inimigo Sakharine (Daniel Craig, também excelente) a bordo do navio Licorne.

Se o filme carrega a aura de Indiana Jones, ele também nos remete ao gênio do suspense Alfred Hitchcock. Em uma cena em particular, a referência ao mestre parece explícita: Tintim e Haddock estão em pleno mar sobre um pequeno barco e eles são perseguidos por um aeroplano, sem possibilidade de escapatória. Uma homenagem à clássica sequência de Intriga Internacional (1959). Spielberg, como uma criança diante de um brinquedo novo, parece se divertir com as possibilidades da animação. As transições entre os planos são geniais: ele faz dunas se transformarem em ondas do mar, o mar se transformar numa poça d'água na calçada, ele faz surgir da mão de um homem, personagens montados em camelos, etc... A passagem do passado para presente (e vice-versa) no filme é dinâmica, divertida e surpreendente. E o diretor agencia essas duas temporalidades da narrativa de maneira magistral.
As aventuras de Tintim também encontra espaço para comédia que vai tanto de um humor físico (caso, por exemplo, de uma divertida cena de marinheiros dormindo no navio) a ótimas tiradas (a maioria protagonizada pelo quase-sempre bêbado Haddock). O fato de a história não soar nada original ao espectador de hoje (ela nos remete, por exemplo, ao primeiro Piratas do Caribe), não impede que sejamos tomados pela ação envolvente do filme. O longa se revela excelente também em seus aspectos técnicos, na captura de movimentos, na qualidade da animação e na "fotografia" (o grande fotógrafo Janusz Kaminski, parceiro habitual de Spielberg, deu suporte à equipe da animação, dando dicas de iluminação). Como era de se esperar, a trilha sonora de John Williams é fantástica (confesso que fiquei apreciando a música do filme durantes os créditos finais)
As aventuras de Tintim é um dos grandes lançamentos deste ano! Divertido, eletrizante, o filme é a oportunidade de ver Steven Spielberg em grande forma e de volta à aventura. O longa já pode ser considerado um dos favoritos ao prêmio de Melhor longa-metragem de Animação no próximo Oscar.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Brinquedos interagem com iPad!

Disney lança carrinhos com sensores que “brincam” com o tablet
A Disney divulgou o lançamento de mais uma linha de produtos da animação Carros 2 que promete empolgar bastante as crianças e também os adultos, a Disney Appmates. Com o aplicativo, será possível utilizar brinquedos que interagem com o iPad.




















No caso, os brinquedos do jogo são os personagens do filme Carros equipados com sensores em sua base, que permitem a interação dos carrinhos com o tablet, como se fosse um tabuleiro virtual.
Assista ao vídeo que exemplifica a interação:


Disponível nos Estados Unidos a partir de outubro, os carrinhos com sensores embutidos irão custar US$ 20 o par e o game poderá ser baixado gratuitamente na App Store.
A Disney aponta também que cada carrinho da série libera um novo aspecto do game e ainda garante que o jogo terá atualizações de cenário e nas corridas com o passar do tempo.




domingo, 9 de outubro de 2011

Animação Rango - Por trás da cena!



Rango é um camaleão domesticado que, por algum motivo, é retirado de casa e vai parar numa cidadezinha no interior. Lá, o clima de faroeste e os tipos mal-encarados que encontra acabam gerando a circunstância que ele sempre quis: declarando-se o Xerife do local, Rango satisfaz seu desejo antigo de ser um herói… ou tenta, pelo menos, visto que os últimos que tentaram o mesmo terminaram superlotando o cemitério.

A voz original do protagonista é dublada pelo conhecido Johnny Depp. A direção ficou ao cargo de Gore Verbinski, que já trabalhou com Depp na trilogia Piratas do Caribe, o que traz uma perspectiva de boas piadas a vista. Outros atores conhecidos do elenco são Abigail Breslin (Pequena Miss Sunshine) e Alfred Molina (Homem-Aranha, Código Da Vinci).
Falta apenas a menção do estúdio responsável pela animação. A Nickelodeon Movies (conhecida por filmes de pouco sucesso como As Cronicas de Spiderwick e O Último Mestre do Ar) se associa desta vez a um nome de peso: a Industrial Light & Magic é o estúdio de efeitos especiais de George Lucas que fez os memoráveis Guerra nas Estrelas e Indiana Jones, entre inúmeros outros.








Cartazes em espanhol:








Comentários em inglês, mas as imagens falam por si.

domingo, 25 de setembro de 2011

Zoetrópio - padrões cíclicos e imagens!






Museu de Quadrinhos e Animação da China


Enquanto no Brasil, todos os esforços estão voltados para as construções dos estádios e obras de infra-estrutura para a Copa do mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, na China foi aprovada recentemente a construção de um Museu pra lá de interessante.

O Estúdio holandês MVRDV ganhou o concurso para a concepção do Museu de Quadrinhos e Animação, em Hangzhou, China. A cidade possui cerca de 6.400.000 habitantes, e é considerada a capital chinesa da indústria de animação.









O projeto, com forma de balões de inspiração, inclui oito seções que juntas ocupam quase 9.290.304 metros quadrados. Cada balão possui uma função diferente, incluindo dois espaços de exposições que exibem desenhos animados, quadrinhos e animações.






























Uma seção interativa permite que os visitantes possam testar em telas azuis diversas técnicas de animação, dentre elas o stop motion. A parte mais impressionante em todo o Museu, é o zootrópio 3D, onde os visitantes podem interagir com projeções holográficas e jogos.
















A construção do projeto, previsto para ter início em 2012,  sairá por $ 132 milhões.

O Folioscópio, animação fácil de fazer!

Folioscópio

O Folioscópio (Folium – Folha + Skopein – examinar) foi criado por volta de 1830. Foi das primeiras “máquinas” a criar a ilusão do movimento, a sua construção é bastante simples e constitui um excelente início à “ilusão” do movimento.

Divide uma folha de papel A4 ao meio, no sentido do seu comprimento. Dobra uma das metades e corta pelo vinco, mas não até ao fim. Ambas as partes da folha têm de ficar ligadas, mesmo que apenas por 5 cm. Faça um desenho simples na parte de baixo. Sobreponha a outra metade e faça o mesmo desenho, mas com algumas modificações. Você Poderá aproveitar a transparência para realizar as alterações. Enrola a folha de cima à volta de um lápis ou caneta. Movimenta rapidamente o lápis da direita para a esquerda e vice-versa. Pronto, você terá bons momentos com seus amigos!
Link do site que ensina sobre o folioscópio e outros divertimentos ópticos:

O zootrópio!



Zootrópio

Também conhecido por  Roda da Vida  esta máquina é uma evolução do fenakistiscópio de Joseph Plateau. Criado em 1833 por W. Horner, o seu nome é a junção de duas palavras gregas, Zôon – Animal e Tropion – girar. Talvez o seu nome venha do fato de os primeiros movimentos nele criados serem de animais. Esta é uma “máquina óptica” que permite criar a verdadeira ilusão de movimento.
Recorta uma tira de cartolina preta. Nela abre 12 janelas todas à mesma distância e com cerca de 3 cm de altura por 3 a 5 mm de largura. Recorta um cilindro com diâmetro idêntico ao comprimento da tira. Cola a tira ao círculo de modo a fazer um cilindro sem uma das faces. Faz um furo no centro da base do disco e cria um eixo – pode ser um palito - que você deve espetar numa meia rolha. A outra meia rolha fixe-a num lápis afiado ou numa caneta. Pronto! O seu zootrópio já está construído.
Agora, corta uma fita de papel, com o mesmo comprimento da primeira, tira e divide, tal como as janelas, em 12 partes iguais. Em cada uma delas desenhe ou cole, formas ou personagens em posições ligeiramente diferentes da anterior.
Coloca a tira dentro do zootrópio, roda e espreita pelas janelas… Surpreendente! … Estão em movimento! Você criou a sua primeira animação. 


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A Animação antes do Cinema


Criado por John Ayrton Paris entre 1824 e 1827, o taumatrópio foi o primeiro brinquedo desenvolvido para a arte de animação. Esse instrumento era composto por um disco de papel com dois furos e dois desenhos (em lados opostos). Nos furos, passava-se uma corda que após várias tranças era esticada fazendo com que o disco girasse rapidamente dando a impressão de que as imagens ganhavam movimentos próprios. A criação partiu baseada na ideia do astrônomo John Herschel, do geólogo William Henry, e da descoberta de Peter Mark Roget que uma imagem permanece na retina por uma fração de segundos. O taumatrópio constituiu no primeiro grande passo para o desenvolvimento das técnicas de animação utilizadas no cinema. Clique aqui para conhecer um pouco mais desta arte.

Conta-se que o primeiro brinquedo que realmente criava a ilusão de movimento foi o fenaquistiscópio, idealizado por Joseph Plateau entre 1828 e 1832; baseado na teoria de que uma imagem fica gravada na retina humana por uma fração de segundos após ser visualizada, a exposição de 10 imagens por segundo cria uma sensação de movimento. Para proporcionar essa ilusão, Plateau utilizava dois discos de papel, presos num dispositivo com dois eixos alinhados. No disco que ficava ao fundo ele desenhava várias figuras e no segundo deixava frestas dispostas na mesma sequência das imagens. Ao girar os discos, o espectador fixava seu olhar nas frestas e devido a rapidez com que os discos eram girados, criava-se a sensação de movimento das imagens. Clique aqui para que possa ter uma idéia mais clara do funcionamento desse dispositivo. Em 1834, William George Horner deu um novo salto no processo de animação ao criar o zootrópio (ou zootropo). Sua criação consistia num tambor com vários cortes ao longo de sua circunferência através dos quais o observador olhava para uma tira com várias sequência de desenhos dando a ilusão ótica de movimentos. Existem vários vídeos que sintetizam a obra de William, dentre eles deixo aqui uma excelente indicação.


Em 1834, William George Horner deu um novo salto no processo de animação ao criar o zootrópio (ou zootropo). Sua criação consistia num tambor com vários cortes ao longo de sua circunferência através dos quais o observador olhava para uma tira com várias sequência de desenhos dando a ilusão ótica de movimentos. Existem vários vídeos que sintetizam a obra de William, dentre eles deixo aqui uma excelente indicação.

Criado e aperfeiçoado por Émile Reynaud em 1877, o praxinoscópio inicialmente era uma simples caixa de papelão com um espelho. Posteriormente ele transformou a criação num complexo jogo de espelhos e uma lanterna de projeção que lançavam a animação em uma tela. Para 15 minutos de animação era necessário centenas de desenhos. Esse processo antecessor do cinema atraía grandes públicos em salas de exposição e ainda sobreviveu por cerca de 5 anos, após a criação do cinema. Para conhecer essa maravilha convido-os a clicar aqui. Divirtam-se! 

sábado, 30 de julho de 2011

A viagem de Chihiro - uma das melhores animações!



Ano: 2001
Nome / Título original: Sen to Chihiro no kamikakushi
Gênero(s) do filme: Aventura, Desenhos Animados, Filme Família, Filme Fantasia
País de Origem: Japão
Prêmios do filme: Ganhou Oscar. Outras 35 vitórias e 19 nomeações
Estúdio(s) de cinema: Studio Ghibli
Hayao Miyazaki é um dos maiores diretores de animação japonesa. Enredos divertidos, personagens interessantes e animação de tirar o fôlego em seus filmes lhe renderam fama internacional de críticos, bem como o reconhecimento público no Japão.
O mais marcante trabalho de Hayao Miyazaki foi premiado com o Urso de Ouro em Berlim e com o Oscar de Melhor Animação, além de outros 33 prêmios em festivais pelo mundo.
Em Chihiro, Miyazaki cria seu próprio conto de fadas contemporâneo. Todos os julgamentos estão lá, especialmente os que se referem à coragem e às escolhas, embora não carregados de tanta moral como nos trabalhos da Disney.
Por meio da história de Chihiro, uma menina mimada de 10 anos que vai parar num mundo habitado por deuses e divindades japonesas, Miyazaki faz críticas muito sérias sobre consumismo desenfreado, domínio da cultura de massa e a falta de identidade cultural dos jovens. Não por acaso, ele abusa das referências da cultura japonesa, cada vez mais massacrada pela cadeia de fast-foods e hábitos americanos.